Por RD NEWS
O ex-governador Júlio Campos (DEM) decidiu que não será candidato a deputado estadual nas eleições de outubro. A decisão foi anunciada nas redes sociais pela sua filha, a jornalista Laura Campos. Esta é a 2ª vez que o democrata anuncia sua aposentadoria na vida política. A primeira ocorreu quando estava como conselheiro no Tribunal de Contas, onde ficou até 2007.
Entretanto, Laura afirma que a decisão de Júlio não significa o fim da trajetória política da família. A jornalista pretende ingressar na vida pública e deve concorrer a deputada, mas somente em 2022, já que está se dedicando à direção da TBO e sequer se desincompatibilizou da função no prazo exigido pela legislação.
“Esta semana meu pai, Júlio Campos, decidiu não ser mais candidato a Deputado Estadual pelo Estado de Mato Grosso. Eu, como filha, sei o quanto ele contribuiu para o desenvolvimento do nosso Estado”, diz trecho da postagem.
Sobre disputar cargo eletivo, Laura ressalta que sempre terá o pai como referência. Declara ainda que pretende ingressar na vida pública para manter o legado da família.
“Meu pai é minha referência, assim como minha mãe também o foi. E é por isso que eu digo: a família Campos vai continuar nos anais da história mato-grossense e do Brasil. E eu darei continuidade a essa história! E sim, em breve, ingressarei na vida política, porque afinal, não carrego o sobrenome Campos por acaso!”, completou.
Júlio ingressou na vida pública em 1964 e sempre se manteve na mesma corrente política, que passou por diversas nomenclaturas até chegar ao DEM. Foi do antigo PSD, da Arena que sustentou o regime militar, do PSD e do PFL.
O político de 71 anos foi prefeito de Várzea Grande, governador por dois mandatos, senador e deputado federal. Além disso, exerceu o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas.
Caso não tivesse desistido da candidatura e conseguisse assegurar cadeira na Assembleia, Júlio seria o primeiro ex-governador a fazer essa trajetória política desde a divisão de Mato Grosso, em 1º de outubro de 1977. Desde então, nenhum político exerceu mandato de deputado estadual após deixar a chefia do Executivo.