Por Agência da Notícia - Eduardo Mamcasz
A festa acabou, hora de mostrar serviço para deixar a casa arrumada a partir de janeiro, começando pela economia com inflação acumulada de 6,75%, portanto, acima da meta. Daí porque a própria presidenta Dilma anunciou, no discurso de vitória nas eleições, domingo de noite, que de imediato pretende tomar algumas medidas de correções pontuais. Mais adiante foi o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que promete dois meses de trabalhos intensos, uma vez que ele não será mais ministro, da Fazenda, no ano que vem.
O primeiro sinal, tão aguardado pelo mercado financeiro, que andou ganhando dinheiro especulativo, durante a campanha eleitoral, é justamente a reunião do Copom, a partir desta terça-feira, com anúncio das medidas no começo da noite desta quarta-feira, já com os bancos fechados. Copom. Comitê de Política Monetária. Ele se reúne a cada 45 dias. No principal, define os juros básicos, ou taxa Selic, que o Banco Central deve seguir, no relacionamento com os bancos, principalmente com vistas a controlar a inflação oficial.
Adiantando a prosa. De volta para os cem maiores analistas financeiros ouvidos toda semana pelo Banco Central. Agora, a opinião deles está ligada à vitória de Dilma nas eleições e também por ser a primeira reunião do Copom depois da definição, nas urnas, do próximo governo, que continua a ser presidido por Dilma e a coligação em volta do PT. Então, o que o mercado acha que o Copom vai acertar com relação aos juros nesta reunião?
Onze por cento ao ano. Continua como está. Nem sobe e nem desce. É isto o que o mercado financeiro acha que o Copom define nesta reunião. Falando que nem técnico. Com isso, o Banco Central sinaliza que continua usando os mesmos instrumentos para calibrar os juros e alcançar os objetivos pré-determinados.
Terminando a prosa porque muitas coisas vão acontecer na nossa economia nos próximos dias e semanas, antes de janeiro chegar. Calibrar os juros para melhorar o crescimento da economia, que neste ano está fraco, e trazer a inflação pelo menos para dentro da meta, mesmo que não seja o centro, de quatro e meio, mas fugindo dos atuais 6,75%.
Pergunta final. O que interessa, agora, é como a economia fica no ano que vem, 2015, primeiro ano do segundo governo Dilma. O que você acha? Mande um e-mail para a gente - emconta@ebc.com.br
Trocando em Miúdo : Programete sobre temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão . É publicado de segunda a sexta -feira.