Os policiais notaram que o estômago dele estava alto e o encaminharam para o hospital regional de Cáceres.
Na unidade, ele passou por exames. Primeiro, foi feito um raio-X, que não apontou nenhuma anormalidade.
Mas, depois, foi submetido a um exame de tomografia, o qual identificou a existência da droga. Somadas, as cápsulas armazenavam mais de um quilo de pasta base de cocaína. Para que a droga fosse expelida, foi dado laxante para ele.
A Polícia Federal foi acionada para atender a ocorrência. Ao verificar o banco de dados, a PF conseguiu descobrir o nome verdadeiro do boliviano.Também foi constatado que ele é natural de Cochabamba, na Bolívia.
Conforme a polícia, ele entregaria a droga para um homem que o aguardava na rodoviária de Cáceres. O comprador o reconheceria pela mochila. Desse modo, ele alegou não saber de quem se tratava.
No hospital, ele disse que receberia 200 dólares pelo transporte. Com o dinheiro, pretendia retornar ao país de origem.
Nesta terça-feira (19), ele foi encaminhado para a cadeia pública de Cáceres. Esse mesmo boliviano já tinha sido preso em 2009 pelo mesmo crime.
Se um dos invólucros se rompesse, o boliviano morreria, segundo o médico perito da Perícia Oficial e Identificação Técnica, Manoel Francisco Campos Neto, que atua em Cáceres. "Para quem nunca usou droga na vida, uma quantidade bem menor já poderia levar à morte", explicou. Cada porção tinha aproximadamente 20 gramas de droga.Conforme o médico, tem sido comum a entrada de bolivianos com droga pela fronteira seca.