Por Renilso Senhorinho
Essa é uma reportagem de uma adolescente quatromarquense, apaixonada por cavalos e pela prova de Três Tambores, que compete desde 2020, e tem obtido varias conquistas; uma história comovente, em que a mãe teve que comprar o cavalo em que “Duda” foi campeã, da professora que a ensinava.
A adolescente Eduarda Pereira Rozales, de 14 anos, aluna do 1º ano do ensino médio, apaixonada por cavalos desde os seis meses de idade, aonde o avô, montava em um cavalo, e a carregava na cabeça do arreio, pra “fechar” gado.
“Duda” como é chamada por familiares, foi crescendo, e tomou “gosto” pelos cavalos, “a gente achou que era coisa de criança, mais o amor pelo cavalo aumentou mais ainda, até que se encantou pela modalidade dos “Três Tambores”. Emocionada disse Claudia Regina Pereira Rozales, mãe de “Duda”.
A paixão era tanta pelo cavalo, que “Duda”, vivia pesquisando na internet, até que descobriu, que em Mirassol D’Oeste, havia um local, aonde ensinava a prova de “Três Tambores”, e após confirmar que existia o local, insistiu, até que a mãe a levou até a Estancia GM para praticar aulas.
"Duda" então passou a treinar intensamente e com 8 meses, participou da primeira competição em Cáceres, no Centro de Treinamentos Aburaya, e foi campeã com o cavalo Makoy, emprestado de sua professora, porque ainda não possuía um animal próprio para competir.
Em meio a reportagem, Claudia (mãe de “Duda”), contou uma história comovente, em que teve que comprar o cavalo (Makoy) da professora que a ensinava, o mesmo cavalo em que foi campeã pela primeira vez; e com o querido “Makoy”, “Duda” competiu e venceu várias provas, aonde ganhou troféus, medalhas, fivelas e premiação em dinheiro, veja as premiações:
CT aburaya em caceres em 2021, 3 º lugar;
Estância GM Mirassol em 2021, 2º lugar;
Em 2022 participação na 9º semana do cavalo em Cuiabá Haras Twin Brothers;
Em 2022 participou do Circuito HTH haras twin brothers com participação em 6 etapas, ficando como vice-campeã.
Claudia Rozales fala das dificuldades que passa para que a filha siga competindo no esporte que ama. “Na nossa região é difícil ter competição. As competições acontecem mais no estado de São Paulo, aqui no Mato Grosso é muito difícil ter, aí dificulta para a gente estar levando, porque tem toda uma logística para levar. Em Cuiabá, no haras que ela participa estão começando a trazer “provinhas”, fazer “bolão”, para incentivar mais o competidor, porque eles amam esse esporte e aqui na região quase não tem”. Pontua.
Duda diz que uma das sensações mais emocionantes é quando o locutor chama seu nome para entrar na pista, “a partir do momento que entro na pista, o coração acelera, eu olho pro lado, noto o comportamento do cavalo, para saber como ele está, porque a prova não é eu que corro, não é só eu que sinto, o cavalo também sente a pressão, e o que mais satisfaz é o resultado pós prova, não significa que eu ganhei, o resultado nem sempre vai ser a vitória ”. Afirma
Quando questionada sobre gostar da modalidade de “Três Tambores”, admite que é um esporte que vai muito mais além do que aqueles milésimos de segundo dentro da pista. “Três Tambores não é só montar no cavalo, não é só correr, pra você correr, você tem que ter uma ligação entre você e o cavalo. Afirma.
Após as conquistas, as competições de Três Tambores passou a fazer parte da trajetória de “Duda”, que sonha com vôos mais alto. “Um dos meus maiores sonhos, é competir no mato-grossense e estar no pódio e conseguir um tempo baixíssimo, hoje o meu tempo é entre 18 segundos alto a 20, e a meta é fazer 17, nos 16, e se Deus permitir, bater o recorde mato-grossense ou até o mundial, um dia me pofissionalizar, e ser uma referência na modalidade “Três Tambores”, quem sabe, só Deus saber, só Deus pode saber, o que eu posso fazer é batalhar, continuar treinando e se Deus permitir para que esses resultados aconteça”.
CONHEÇA MAIS SOBRE A PROVA
Os Três Tambores é um esporte que alia habilidade, precisão e velocidade. O competidor deve contornar os tambores no menor tempo possível, mantendo o percurso oficial, onde o cavalo deve correr para o tambor número 1 (tambor direito), passando pela direita do mesmo e completar uma volta de aproximadamente 360 graus em torno. Em seguida, dirigir-se para o tambor número 2 (tambor esquerdo), passando pela esquerda do mesmo e completar uma volta de 360 graus. Logo após, dirigir-se ao tambor 3 (tambor à frente), passando pela esquerda do mesmo e fazendo outra volta de mais ou menos 360 graus, disparando em seguida para a linha de chegada/partida. O percurso também pode ser executado com a primeira volta à esquerda e as duas outras à direita. Não cumprindo este percurso normal, o competidor perderá a classificação do dia.
A contagem do tempo começa quando o focinho do cavalo cruza a linha de partida. O derrube de cada tambor penaliza o atleta em cinco segundos acrescidos ao tempo final.