logo

EM ACIDENTE DE TRÂNSITO: Socorrer Pode Salvar — ou Matar; Que Fazer (e o Que Nunca Fazer) em Acidentes com Vítimas Presas nas Ferragens


Por Emanuelly Sguario | Adaptação QMN

EM ACIDENTE DE TRÂNSITO: Socorrer Pode Salvar — ou Matar;  Que Fazer (e o Que Nunca Fazer) em Acidentes com Vítimas Presas nas Ferragens

Sd Bm Gregório

Em meio ao caos de um acidente de trânsito, o instinto de ajudar pode falar mais alto que a razão. Mas você sabia que, sem o conhecimento correto, a tentativa de socorro pode custar ainda mais vidas? Saber como agir — e o que evitar — em situações extremas é mais do que uma questão de boa vontade: é um divisor entre salvar e agravar uma tragédia.

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) alerta que, principalmente em acidentes com vítimas presas às ferragens ou em locais de risco, como curvas perigosas, veículos em chamas ou exposição a produtos tóxicos, cada segundo importa — e cada decisão também.

Primeiros socorros: o que isso realmente significa?
De acordo com a tenente-coronel Marielle Paula Voltarelli Rodrigues, diretora adjunta de Saúde do CBMMT, primeiros socorros são ações imediatas realizadas no local do acidente até que uma equipe profissional chegue. Porém, mesmo essas ações precisam ser bem pensadas. “Tentar ajudar sem preparo técnico pode colocar mais vidas em risco”, explica a oficial.

Veja o que qualquer pessoa pode — e deve — fazer:

Mantenha a calma: o pânico só atrapalha.

Sinalize o local: use o triângulo de segurança a uma distância segura do acidente para evitar outros impactos.

Acione o socorro imediatamente: ligue para o 193 (Corpo de Bombeiros) e informe com clareza o número de vítimas e a gravidade aparente.

E o que jamais deve ser feito:

Não abandone a vítima, nem mesmo que pareça estar bem.

Não omita socorro. Mesmo se você não presenciou o acidente, é sua obrigação ajudar.

Nunca tente retirar a vítima das ferragens — isso pode causar lesões fatais.

Evite aglomeração e tumulto no local.

Colabore com as autoridades. Recusar informações ou atrapalhar o trabalho de resgate só complica ainda mais.

O limite entre ajudar e atrapalhar

A tenente-coronel Marielle reforça: quem não é profissional da saúde ou não possui treinamento adequado deve manter distância segura da vítima. “A conscientização sobre os limites da ação leiga é essencial. Agir de forma errada pode piorar o quadro da vítima, mesmo com boas intenções”, conclui.

Em resumo: sua melhor ajuda pode ser apenas ligar para o socorro e manter o local seguro. As linhas de emergência — 193 (Bombeiros) e 192 (SAMU) — existem para isso. E cada segundo pode fazer a diferença entre uma vida salva ou uma tragédia ampliada.