Por RAFAEL COSTA Gazeta Digital
Diante das revelações vindas à tona com os termos de colaboração premiada, o promotor de Justiça Marco Aurélio Castro, chefe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), não descarta que novas operações policiais sejam deflagradas para desmantelar o esquema de corrupção na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Em maio foi deflagrada a Operação Rêmora que prendeu servidores públicos e em julho a Operação Locus Delict que culminou na prisão do ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto (PSDB), pela suspeita de ser o chefe do esquema de cobrança de propina às empreiteiras e fraude em licitação nas obras de reforma e construção de escolas.
“A delação é meio de prova e serve para nortear a investigação. Nada impede que se tenha uma terceira, quarta operação e assim por diante. Vai depender de fatos e provas”, disse.
No depoimento que prestou aos promotores de Justiça no dia 16 de novembro, o empresário Giovani Guizardi, que foi remetido à prisão domiciliar após permanecer mais de oito meses preso preventivamente, detalhou o esquema de corrupção lançando suspeitas sobre autoridades com foro por prerrogativa de função, o que foi descartado pela Procuradoria Geral da República por falta de provas.
Por outro lado, Guizardi ainda detalhou a participação de outros empresários no esquema de corrupção.
“Tudo o que é dito numa delação premiada a gente busca subsidiar. As investigações prosseguem”, ressaltou o promotor Marco Aurélio Castro.