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Governador defende que relatório de CPI da Copa seja aprovado pela AL


Por Jacques Gosch - RD News

Governador defende que relatório de CPI da Copa seja aprovado pela AL

O governador Pedro Taques (PSDB) afirma que o relatório final da CPI das Obras da Copa, que deverá ser votado pela Assembleia na próxima semana, não prejudica a retomada e conclusão do VLT. Segundo ele, o acordo com Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, elaborado pela Controladoria Geral do Estado (CGE), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Secretaria Estadual de Cidades (Secid) foi entregue ao Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF) e protocolado na Justiça Federal para análise dos termos. 

“A CPI é muito importante. A CPI tem que investigar mesmo e a Assembleia tem que aprovar o que precisar ser aprovado. Cabe à Assembleia fazer o papel dela. Serei o último governador a querer imiscuir na independência do Legislativo. Que bom que está fazendo porque se tivesse feito no passado a situação estaria bem melhor”, declarou Taques na tarde desta quinta (20), durante a cerimônia de posse de 20 auditores do Estado. 

O relatório da CPI das Obras da Copa, composto de aproximadamente 3,4 mil páginas, é resultado de pouco mais de um ano de investigação. O trabalho custou cerca de R$ 3 milhões e está concluso para votação desde outubro do ano passado. 

 A CPI das Obras da Copa investigou mais de R$ 2,5 bilhões em obras do complexo da Arena Pantanal e seu entorno, de mobilidade urbana e do VLT e constatou ser necessária a devolução de cerca de R$ 541 milhões aos cofres públicos. Além disso, sugere o indiciamento de sete políticos, 96 agentes públicos, 16 empresas privadas e sete consórcios de empresas. Após a aprovação na Assembleia, o documento será encaminhado aos órgãos de controle e fiscalização. 

Sobre a aptidão do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande para retomar a obra do modal, já que o relatório da CPI das Obras da Copa aponta diversas irregularidades, Taques lembra que a decisão final será do MPE, MPF e Justiça Federal. Entretanto, defende o acordo ressaltando que o Governo do Estado levou em consideração o princípio da economicidade na administração pública. 

Dúvida

 “A dúvida era continuar com o Consórcio ou fazer nova licitação? Se tivéssemos optado por  nova licitação,  valor do VLT iria bater em quase R$ 2 bilhões porque demoraria muito tempo para concluir o processo. Com o Consórcio, custará quase metade do preço”, completou o governador. 

 Taques se refere aos R$ 922 milhões de custo adicional para conclusão do VLT, valor que consta no acordo com o Consórcio responsável. O prazo para conclusão e entrega encerra em 2019.