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GREVE NO DETRAN: Paralisação impediu atendimento de 4 mil e arrecadação de R$ 1 milhão


Por Repórter MT

GREVE NO DETRAN: Paralisação impediu atendimento de 4 mil e arrecadação de R$ 1 milhão

Foto: Divulgação

Milhares de pessoas em todo o estado deixaram de ser atendidas nessa quinta-feira (21), nas unidades de atendimento do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT). É que os cerca  840 servidores do órgão, distribuídos nas 71 unidades  de Mato Grosso (entre postos e ciretrans) cruzaram os braços  em forma de protesto à medida adotada pelo governador Pedro Taques (PDT), que visa parcelar o repasse da reposição das perdas inflacionárias aos servidores públicos.

“Nós estivemos 100% paralisados durante todo o dia de hoje e isso foi apenas um aviso ao  governo, pois não concordamos com essa decisão”, disse ao RepórterMT, a presidente do Sinetran-MT, Daiane Renner, acrescentando que os servidores voltam a trabalhar normalmente nessa sexta-feira (22).

A  sindicalista lembrou que a categoria não tem previsão de receber reajuste salarial em 2015 e a reposição salarial seria a única forma de deixar os vencimentos dos servidores mais próximo do que se pode considerar “atualizado”.

A justificativa apresentada pelo governo é de que o Estado extrapolaria a Lei de Responsabilidade Fiscal  (LRF) caso repassasse  de uma só vez os 6,23%  das perdas salariais baseados na inflação do último ano. Na avaliação de Daiane Renner não tem fundamento.

“No inciso 10 do artigo 22 diz que quando se tratar de reposição salarial é permitido que se faça o repasse sim”, disse.

O Detran é um dos órgãos do estado que tem uma das mais rápidas arrecadações. Por dia, entram nos cofre do governo, via  Detran, uma média de R$ 800 mil a um R$ 1 milhão, proveniente de taxas, multas e outros pagamentos.

O governo do Estado tentará convencer o Sinetran e os demais sindicatos de servidores que não aceitaram a decisão do governador, numa reunião marcada para a próxima segunda-feira (25).  Quem comandará o encontro será o secretário  de Gestão , Júlio César Modesto, que insistirá, por ordem do governador, no parcelamento do repasse (3,11% em maio e o restante até o fim do ano).

“Caso não haja avanço, ou seja, se o governo insistir com esse parcelamento, nós  nos reuniremos  logo em seguida, na segunda-feira mesmo e  faremos uma assembléia para decidirmos se retomaremos a greve ou não”, garantiu Daiane.

 

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