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Integrante de família de traficante foragida é condenado a 11 anos de prisão


Por Gazeta Digital

Integrante de família de traficante foragida é condenado a 11 anos de prisão

O foragido da Justiça, Adalberto Pagliuca Neto, 32, que integra uma família de traficantes da região de Porto Esperidião (326 Km a oeste de Cuiabá), presa pela Polícia Federal em 25 de novembro de 2011 na Operação Maryah, acusada de comandar uma quadrilha interestadual de tráfico de drogas que agia em 11 estados, foi condenado pela Justiça de Mato Grosso a 11 anos e 8 meses de prisão, além de 1.400 dias-multas. A pena deve ser cumprida em regime fechado.

O problema é que ele, está foragido desde o começo do ano quando o Tribunal de Justiça cassou a polêmica liminar obtida pela família num plantão de domingo, proferida pelo então desembargador Manoel Ornéllas de Almeida, que se aposentou em julho passado por ter completado 70 anos de idade.

Além de Pagliuca Neto, continuam forigos seus irmãos Régis Aristide Pagliuca, 30, e Elaine Cristina Pagliuca Silva, 33. O trio é filho do fazendeiro Adalberto Pagliuca Filho, 58, apontado pela Polícia Federal como o líder do bando de traficantes e de Regina Célia Cardoso Pagliuca, 46, que também são réus no mesmo processo e estão foragidos. A condenação foi proferida pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Vara Especializada contra o Crime Organizado, Ordem Tributária, Econômica e Administração Pública.

A mesma decisão também engloba a ré Antônia Keiliany Alves de Oliveira, 31, condenada a 3 anos e seis meses de prisão e 700 dias-multas pelo crime de associação ao tráfico de drogas. Não ficou provado o envolvimento dela diretamente com o crime de tráfico por isso foi absolvida de tal acusação. Mas as investigações, oitivas e escutas telefônicas mostraram que ela tinha conhecimento da atividade criminosa desempenhada pelo marido Hênio Porfírio de Campos Filho, 32, e "com ele colaborava, ficando bem demonstrado que ela o auxiliava nas ações voltadas ao tráfico de entorpecentes", diz trecho da sentença.

Três integrantes de outra família ré no mesmo processo também foram condenados. Sãs eles: Hênio Porfírio de Campos, 67, sua esposa Conceição Neves de Campos,62, e o filho deles, Hênio Porfírio de Campos Filho, 32. O casal foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão e 1.400 dias-multas cada um enquanto o filho deles pegou pena mais pesada de 25 anos e 8 meses de prisão e 2.600 dias-multas. O trio deve cumprir a pena no regime fechado.

As condenações dos 5 réus somam, 64 anos e dois meses de prisão e 7.500 dias-multas. "Os acusados são protagonistas de diversos diálogos interceptados, que não deixam margem de dúvidas sobre suas funções no esquema criminoso, cabendo-lhes, repita-se, a compra e a venda direta de drogas, e também o gerenciamento do dinheiro arrecadado", afirma a magistrada convicta do envolvimento dos 5 condenados na quadrilha de traficantes.

Quanto aos demais réus no processo, acusados pelo Ministério Público de integrarem a mesma quadrilha, a magistrada acolheu aos pedidos dos acusados para aguardar resultado da correição parcial interposta junto à Corregedoria-Geral da Justiça. São eles: Joelson Alves da Silva e o restante da família Pagliuca, Elaine Cristina , Regis Aristides e Regina Célia.

Vale lembrar que nestes autos, o MPE ofereceu denúncia contra 52 réus sendo que, com relação aos demais, os processos foram desmembrados. A defesa de alguns réus já ingressou com vários recursos no TJMT e em instâncias superiores, mas perdeu todos.

Conforme a denúncia do MPE, a quadrilha atuava a partir da faixa de fronteira entre Brasil e Bolívia e fazia do município de Porto Esperidião e localidades vizinhas o centro de envio de drogas. O centro de distribuição encaminhava carregamentos de drogas para receptadores e traficantes espalhados por diversos Estados, especialmente para Minas Gerais, Piauí, Ceará, Pará, Tocantins e Maranhão.