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Jantares e funerais eram bancados com verba da AL de MT, dizem testemunhas


Por Folha do Estado

Jantares e funerais eram bancados com verba da AL de MT, dizem testemunhas

A juíza da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, Selma Arruda ouve, na tarde desta sexta-feira, 19, no Fórum da Capital, testemunhas de defesa dos réus na ação penal da Operação Metástase, que surgiu após a Operação Célula Mãe, deflagrada em outubro de 2015.

A operação levou à prisão o ex-deputado e ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva e os servidores Maria Helena Caramelo, Geraldo Lauro e Manoel Marques, ligados ao gabinete do ex-deputado no parlamento estadual. Outros 19 são investigados em ação penal em separado, desde que o processo foi desmembrado pela magistrada.

A ação investiga suposto esquema que teria desviado cerca de R$ 1,7 milhão da Assembleia, supostamente por meio de simulação de despesas criadas para justificar gastos com “verbas de suprimentos”, que eram recebidas no gabinete do ex-deputado.

 Donos de restaurantes e de uma funerária confirmaram, em depoimento, que prestaram serviços ao legislativo estadual. O proprietário de uma peixaria e e dona de um restaurante, ambos na capital, declararam que promoviam eventos de pequeno e médio porte para a Assembleia e que os serviços eram pagos em dinheiro.

O dono da funerária informou que prestou serviços à Casa de Leis durante seis anos. Ele enviava coroas de flores para velórios em nome dos deputados estaduais e o nome da instituição não era citado nas homenagens póstumas.

O último serviço que ele prestou à Assembleia foi para o funeral do ex-deputado estadual Walter Rabello. Mas ele disse que era comum esse tipo de homenagens a políticos e outros homens públicos. Seus serviços eram pagos via depósito bancário ou transferência.