Por TJ-MT
Foto: Quatro Marcos Notícias
Depois de dois anos e meio atuando como juiz substituto na comarca de São José dos Quatro Marcos, a partir de 4 de setembro, o magistrado, Antonio Carlos Pereira de Souza Júnior, assumirá a titularidade do município. Outros 4 magistrados também foram titularizados, Luciana Braga Simão Tomazetti da Comarca de Dom Aquino (166km ao sul de Cuiabá), Kátia Rodrigues Oliveira atuará como titular da Comarca de Poconé (104km ao sul), Maurício Alexandre Ribeiro assumirá a Comarca de Sapezal (480km a noroeste) e Jean Louis Maia Dias será o responsável pela Comarca de Itiquira (357 km ao sul).
O juiz Antonio Carlos, que falou em nome do grupo, revelou o que representa essa nova fase na carreira. “Significa a realização de um sonho para mim e para toda a minha família. A emoção é indescritível! Não há como não ficar com aquele frio na barriga, que é o mesmo que tive desde quando soube da aprovação no concurso da magistratura”, conta o novo juiz titular, bastante emocionado.
Ele compara a alegria da titularização com aquela vivida na aprovação no concurso. “A emoção do concurso público é aquela expectativa de como vai ser. Agora, depois de dois anos e meio na magistratura, você já tem uma ideia do que acontece e, neste momento, a gente tem a segurança de poder ficar na comarca que a gente escolheu. Quando a gente escolhe a comarca, a gente está no lugar que a gente gosta, então o trabalho é devolvido com mais felicidade ainda”, descreve.
O novo juiz titular conta que decidiu por Quatro Marcos porque já está lá desde a sua posse na carreira, em março de 2013. Além disso, ele diz que há outros motivos que levou em consideração na escolha. “Decidi permanecer lá por gostar muito dos servidores, da população que me acolheu muito bem, dos advogados que lá militam. Apesar de ser uma comarca bem movimentada e com muitos processos, escolhi continuar minha batalha lá”, explica.
O ato de titularização foi realizado pelo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Paulo da Cunha, que pediu aos colegas muito empenho e dedicação à profissão. “Se queremos uma instituição sólida e respeitosa, temos que pensar na coletividade. Abrir mão da individualidade não é fácil, mas é preciso. Temos que pensar na instituição, que é permanente, e não em nós mesmos, que somos passageiros. Temos que fazer com que a instituição seja cada vez mais respeitada. As nossas decisões e até o nosso modo de viver particular reflete na instituição”, aconselha.
Até fevereiro, esses cinco juízes cumpriam período probatório e, a partir de março, já atingiram os dois anos necessários para a vitaliciedade. Agora, com a titularidade, eles passam também a ter a garantia constitucional da inamovibilidade, ou seja, de não serem transferidos de comarca, salvo por relevante interesse público ou por meio de concurso de promoção para comarcas de Segunda Entrância pelas quais manifestarem interesse.