Rosana de Oliveira Goulart foi condenada pelo Tribunal do Júri da Comarca de Tangará da Serra (239 km a médio-norte de Cuiabá) a 39 anos e 8 meses de prisão por ter matado a pauladas e socos o próprio filho, de cerca de dois anos e meio, no dia 18 de março de 2013.
A mãe, ainda com o filho agonizando, cometeu ato libidinoso contra o menor. Ao verificar que ele estava morto, ocultou o cadáver em um canavial a pouco mais de 2 km de casa, mantendo-se fria, como se nada tivesse ocorrido. De acordo com os autos, quando o filho tinha seis meses de vida Rosana já havia tentado matar a criança, jogando-a no chão.
Na sentença, o juiz João Francisco Campos de Almeida destacou, ao fazer a dosimetria da pena, que “a culpabilidade é de grande envergadura (...). A conduta social da ré, na época dos fatos, se coloca como dentro da normalidade. A meu ver os autos trazem elementos seguros para se avaliar a personalidade da ré como a de uma pessoa insensível, egoísta e calculista, já que demonstrou um total desprezo pela vida da vítima”.
Rosana foi condenada por homicídio qualificado (26 anos e 8 meses), por estupro (12 anos), ocultação de cadáver (1 ano) e mais 6 meses por fraude processual, que juntos totalizam 39 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado.