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MPE apura eventual precariedade do serviço de transporte público aos estudantes do Município de Araputanga


Por Folha de Araputanga

MPE apura eventual precariedade do serviço de transporte público aos estudantes do Município de Araputanga

Foto: Folha de Araputanga

O representante do MP vai ter em mãos o real estado da frota que transporta alunos, terá também, a situação das pontes e das estradas vicinais, por onde a frota trafega todos os dias.

Quando os serviços públicos são falhos, há aqueles que murmuram, falam, esbravejam; porém são poucos os que procuram a instância certa e registra sua reclamação.

VEZ DO CIDADÃO

O Promotor de Justiça, Dr.  Saulo Pires de Andrade Martins instaurou Inquérito Civil através da Portaria 07/2016 para apurar a precariedade do serviço de transporte público aos estudantes no território do Município de Araputanga.

Se existe alguma falha nos ônibus que transportam os estudantes, chegou a hora e a vez do cidadão encostar o umbigo no balcão e contar o que sabe à autoridade, pois, é a vida de seu filho, sobrinho ou neto que pode estar em jogo.

FALE AGORA

Desde o dia 21 de janeiro/16, o Ministério Público passou a chamar/convocar formalmente todos os pais ou representantes de alunos, que utilizam o transporte gratuito, para comparecer na Promotoria e, relatar a situação atual da prestação do serviço.

A Secretária de Educação terá que informar de forma detalhada, relação das escolas, trajeto, como o serviço é prestado, itinerários, horários, relação de veículos, contratos de prestação de serviços, custos, número de alunos transportados, entre outros.

ESTRADAS

O Secretário Municipal de Obras terá de informar à Promotoria, no prazo de 15 dias, informações a respeito da situação de trafegabilidade das estradas e pontes.

A investigação pode servir de ocasião para um verdadeiro raio X nas condições do trabalho desenvolvido pela Secretaria de Obras. Se o representante do MP vai ter em mãos o real estado da frota que transporta alunos, terá também, a situação das pontes e das estradas vicinais, por onde a frota trafega todos os dias.

O LEGISLATIVO TEM A RESPOSTA?

Se no passado recente, ao assumir o poder, alguns gestores faziam maioria no Legislativo e governavam segundo suas vontades, tal prática parece estar sendo mudada e hoje, aqueles que estão no poder sabem que outras instâncias, de fiscalização independente, como o Ministério Público, vêm exigindo que a legislação seja cumprida.

Quando o MPE tem que colocar seu quadro de pessoal, em tantas investigações, como estão ocorrendo em Araputanga, uma pergunta se impõe: será que os vereadores, fiscais legítimos eleitos pelo povo estão de fato desempenhando seu papel fiscalizador? Se desempenham (e acredito que o façam), por que existindo precariedade no serviço de transporte público aos estudantes de Araputanga, ainda não se pronunciaram publicamente exigindo providências à Secretaria de Educação e ao Chefe do Executivo? Eleitos fiscais da coisa pública (e pediram ao povo para que assim lhes permitissem ser), os vereadores de Araputanga estão ou não, exercendo a fiscalização? O Legislativo tem a resposta e, vão entrega-la na Promotoria?

DENÚNCIAS

Na Portaria, em uma das considerações que pondera para averiguar a questão, o Promotor deixa claro que recebeu pedido de providências assinado por diversos indivíduos. Pelo documento, as pessoas que procuraram o Parquet informaram a total precariedade do serviço de transporte público oferecido pelo Município de Araputanga aos estudantes da região.

As informações que chegaram ao Promotor denunciam, além da precariedade do transporte, relata também, a precariedade das pontes; o fato é bastante relevante, pois, se as pontes estão em condições ruins, inegavelmente torna o transporte altamente perigoso.