Por RD NEWS
Mato Grosso realiza hoje a primeira eleição suplementar da história ao Senado para preencher a vaga deixada pela senadora cassada Selma Arruda (Pode). Neste domingo (15), mais de 2,3 milhões de eleitores estão aptos a ir às urnas para votar em uma das 11 opções, em branco ou até mesmo anular. A maior parte dos candidatos tenta surfar na mesma “onda” que deu a vitória a Selma - eleita com 678.542 votos em 2018 após usar o slogan: senadora de Bolsonaro.
Coronel Fernanda (Patriota), que era uma desconhecida, passou a ser uma das favoritas graças ao fato de ser apoiada oficialmente por Bolsonaro. José Medeiros (Pode), vice-líder do governo federal na Câmara, o senador tampão Carlos Fávaro (PSD) e Nilson Leitão (PSDB), entretanto, também passaram praticamente toda a campanha tentando demonstrar proximidade com o chefe do Planalto e fazendo “juras” de que vão apoiar as propostas do presidente no Congresso.
Assim, também tentam obter votos dos “bolsonaristas de carteirinha”. Explica-se, pesquisas internas demonstram que Bolsonaro, que tem gestão aprovada por 62% dos mato-grossenses, é um potencial “transferidor” de votos. As eleições de hoje vão demonstrar se houve pulverização deste perfil de eleitor ou não.
E a divisão pode ser ainda maior porque outros candidatos, com menos capilaridade política, também exploram o bolsonarismo, como é o caso de Elizeu Nascimento (DC), Reinaldo Moraes (PSC) – que tem o apoio de Selma, mas não decolou - e Euclides Ribeiro (Avante).
Entre os favoritos também aparecem o ex-senador e ex-governador Pedro Taques (SD), que figura bem colocado nas pesquisas, mas acumula também rejeição e o Procurador Mauro (Psol) que vem ampliando seu capital eleitoral, eleição após eleição, e, por isso, pode surpreender.
Na última vez que o Estado foi às urnas tendo apenas uma vaga ao Senado na disputa, em 2014, eram 6 candidatos e Wellington Fagundes (PL) foi eleito com 646.344 votos.
Mas, nas últimas eleições, a votação mais expressiva foi em 2010. À época, haviam duas vagas, e o ex-governador Blairo Maggi (PP) teve nada menos que 1.072.995. A segunda cadeira ficou com Taques, que teve 708.402 votos. Na ocasião, haviam 8 candidatos. Neste ano, a suplementar coincide com as eleições municipais e o resultado final deve ser conhecido ainda hoje.