logo

PF cumpre mandados na casa de ex-prefeito por desvio de R$ 6 milhões


Por Francis Amorim De Barra do Garças

PF cumpre mandados na casa de ex-prefeito por desvio de R$ 6 milhões

Foto: Reprodução

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (13), em Barra do Garças, a Operação Ultimatum, tendo como alvo principal o ex-prefeito Wanderlei Farias (PR). Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa do ex-prefeito, que foi conduzido coercitivamente à delegacia da PF.

A operação foi desencadeada por volta das 6h sob o comando do delegado Rafael Valadares que, às 14 horas, concederá entrevista coletiva à imprensa para falar sobre o teor dos mandados de busca e apreensão. Na casa foram recolhidos documentos e computadores.

Um grande aparato policial, com viaturas e agentes federais, foi mobilizado na operação, inclusive, com o fechamento da rua de acesso à casa do ex-prefeito, localizada no Jardim Amazônia II, em Barra do Garças.

Logo após o cumprimento dos mandados, Wanderlei, acompanhado do advogado Fernando Farias (sobrinho dele), deixou a casa dirigindo o próprio carro e foi conduzido coercitivamente à Delegacia da PF para prestar depoimento. As informações sobre a tipificação dos mandados ainda são desconhecidos. O advogado preferiu não comentar o caso antes de tomar conhecimento acerca das investigações.

Três mandatos

Wanderlei foi prefeito de Barra do Garças por três mandatos, entre 1997 e 2004 e 2008 e 2012. Além de prefeito, exerceu também o cargo de vereador e presidente da Câmara. Desde 2012, quando deixou o cargo, está afastado da vida pública.

O republicano é primo do prefeito Roberto Farias (PMDB), porém ambos militam em lados opostos na política, não tendo, inclusive, vínculos de amizade.

Às 09h02 - Gestores teriam desviado R$ 6 milhões do Barra Previ para aplicar em fundo deficitário

Além de Wanderlei, foi cumprido mandado também na casa da contadora do município à época, Diva Nascimento.

Operação Ultimatum tem objetivo de combater crimes de gestão fraudulenta, associação criminosa, falsidade ideológica e corrupção passiva, que teriam sido cometidos, em princípio, por agentes públicos e outros autores a serem confirmados.

A investigação aponta que gestores públicos desviaram de forma fraudulenta e clandestina cerca deR$ 6 milhões do Fundo Municipal de Previdência Social dos Servidores de Barra do Garças/MT(BARRA PREVI), aplicando o valor num fundo de investimento notoriamente deficitário, o ADINVEST, conforme publicação do Banco Central e da Comissão de Valores Imobiliários (CVM).