Por G1 MT - Denise Soares
Foto: Reprodução Cáceres Noticias
Fazenda, localizada na divisa com uma área de grilagem e fronteira com a Bolívia, tem histórico de invasões e ataques desde 2011.
Um fazendeiro foi preso nessa quarta-feira (6) suspeito de ter matado um homem que teria invadido a propriedade dele, na zona rural de Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá. A área fica na fronteira com a Bolívia e tem histórico de invasões e confrontos desde 2011.
Segundo o Grupo Especial de Fronteira (Gefron), o fazendeiro, Geraldo Pilati Alba, de 57 anos, procurou os policiais e se entregou. Ele confessou que atirou e matou um homem identificado como Adailton Correa Junho, de 45 anos.
O fazendeiro estava acompanhado da filha dele, de 35 anos. Eles afirmaram que o suspeito invadiu a propriedade deles e ocorreu um tiroteio.
Ele disse à Polícia Civil que matou a vítima porque acreditava que o suspeito estava envolvido no último ataque na fazenda.
A filha do fazendeiro foi baleada na perna e no braço. Já Geraldo estava ferido na cabeça.
Feridos, pai e filha relataram que conseguiram sair do local, ir até uma estrada e pediram carona até a base da polícia.
Os dois receberam atendimento médico em um posto de saúde. O fazendeiro entregou à polícia uma arma supostamente usada na situação.
Adailton foi socorrido de ambulância para o Hospital Regional de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, onde morreu. Geraldo recebeu atendimento médico em Porto Esperidião e foi liberado. A filha dele ficou internada em observação na unidade.
De acordo com a Polícia Civil, o fazendeiro sofria ataques na propriedade há vários anos. O fazendeiro está preso na 1ª Delegacia da Polícia Civil de Cáceres.
Histórico de confronto
Em 2012, a Polícia Civil investigou o assassinato de três homens dentro da fazenda de Geraldo.
A propriedade está localizada no distrito de Vila Cardoso, uma região que fica a 120 quilômetros da fronteira com a Bolívia. As vítimas foram mortas a tiros no dia 14 de setembro enquanto trabalhavam no local.
À época, cinco funcionários foram contratados para obras na fazenda. Dois deles conseguiram escapar dos tiros e sobreviveram a chacina.
Em 2011 a fazenda foi alvo de outros ataques, como um incêndio criminoso. A residência, o alojamento dos funcionários, dois barracões, um galpão e todo o maquinário foram destruídos pelo fogo.