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Prefeita paga por "serviços fantasmas" e usa indevidamente nome de comerciante como "laranja"


Por 24 Horas News

Prefeita paga por

Mais um absurdo político. O homem de classe média, correto em seus negócios descobre que ganhou, ou recebeu quase R$ 5 mil de uma prefeitura do interior por um “serviço fantasma” que nunca sequer sonhou em fazer. O comerciante Zizito Antonio da Silva, de 57 anos, registrou Boletim de Ocorrência (BO), depois que descobriu que a Prefeitura de Lambari D’Oeste (Oeste, a 340 quilômetros da Capital) estava usando o nome, a identidade e o CPF dele para receber dinheiro por serviços que nunca foram feitos. “Existem denúncias de que outras pessoas estão na mesma situação que eu”, afirmou.

Conta o comerciante que mora no bairro Bela Vista, em Cuiabá, “ levei um grande susto ao descobrir que meu  nome foi usado para receber R$ 4.680,00”.  Dinheiro, segundo Zezito, referente ao conserto e manutenção de pontes nas comunidades de Laginha e Sarizal, na zona rural de Lambari D’Oeste.

Segundo Zezito, a prefeita Maria Manea da Cruz, não só usou, ou mandou usar o nome dele para receber serviços nunca realizados, nem por ele, muito menos pela própria prefeita, pois as pontes mencionadas nunca sequer tiveram um prego colocado depois de prontas - isso há muitos anos atrás -, como também recebeu dinheiro ilegalmente.

Conta ainda o comerciante, que obteve informações, inclusive com fotografias dois serviços não realizados nas pontes, confirmando que a prefeita mentiu duas vezes. Primeiro pelas reformas e manutenções das pontes, segundo pelo recebimento do dinheiro.

Zezito conta ainda,  que esteve em Lambari D’Oeste em 2008, quando foi entregar uma carga de Cimento Grama, quando recebeu pelo transporte da mercadoria R$ 1.700,00. “Nem conheço Laginha e Sarizal”, afirma o comerciante, que explica como ficou sabendo do uso de seu nome pela prefeita de Lambari D’oeste.

“Fo através do site do Tribunal de Conta do Estado de Mato Grosso (TCE-MT). Lá tem todos os detalhes sobre essa transação, cujas pessoas usaram meu nome e as cópias de meus documentos para praticarem uma fraude. Por isso fui até à Polícia e registrei ocorrência para providências sejam tomadas”, explica Zezito.

Revoltado com o uso indevido de seu nome, o comerciante conta ainda que ficou sabendo que outras pessoas também estão reclamando na Justiça a aplicação do mesmo golpe. “Fiquei sabendo que pagaram até pelo uso de um caminhão  que teria trabalhado quase 400 horas e esse veículo nunca esteve em Lambari D´Oeste”, concluiu.

O “caso dos serviços fantasmas” também está sendo investigado pela Promotoria de Justiça do município de Rio Branco, em Mato Grosso, onde Zezito já foi ouvido em declarações. A reportagem tentou manter contato por várias vezes, via telefone com a prefeita Maria Manea da Cruz, mas não conseguiu.