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Professores da rede estadual de ensino entram em greve por tempo indeterminado


Professores da rede estadual de ensino entram em greve por tempo indeterminado

Professores da rede estadual de ensino  entraram em  greve por tempo indeterminado nesta  segunda-feira (12). A paralisação foi  aprovada  em assembleia-geral realizada  em 05 de agosto, na Escola Estadual Presidente Médici em Cuiabá.

A categoria exige que o Governo apresente proposta concreta sobre as reivindicações, entre elas, a dobra do poder de compra do salário dos trabalhadores, em um prazo de 7 anos.

Para isso, de acordo com a vice-presidente do Sintep, Miriam Botelho, o governador Silval Barbosa deve conceder reajuste de, pelo menos, 10,41% acima da inflação todos os anos.

Como em 2013, todo o funcionalismo teve a recomposição inflacionária de cerca de 8%, os profissionais da educação devem ganhar outros 10% para recuperar o poder de compra. "O Governo só fala em criar grupos de trabalho para discutir o assunto. Não acreditamos mais nisso, ninguém acredita", afirmou.

O presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento, disse que a assembleia-geral confirma o sentimento dos trabalhadores que vinha sendo registrado nos últimos meses.

O estado de greve, desde abril, não surtiu efeito no governo, que se limitou a responder à pauta de reivindicações sem apresentar propostas concretas de investimento em educação.

Além de dobrar o poder de compra dos professores, o Sintep ainda cobra realização de concurso público, chamamento dos classificados do último concurso, garantia da hora-atividade para interinos, melhoria na infraestrutura das escolas, aplicação dos 35% dos recursos na educação como prevê a Constituição Estadual e autonomia da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) nos recursos devidos na área.

Henrique destacou que a pauta atual já é conhecida do Governo Estadual e os trabalhadores não encontram respostas para avançar.

"Exigimos uma política de Estado, que transponha a política de Governo. Quando se fala em Ensino Médio, nós temos além da ausência de instrumentos pedagógicos a falta de investimentos concretos em infraestrutura e pessoal", disse.

O secretário de articulação sindical do Sintep/MT, João Eudes Anunciação, afirmou, durante a assembleia-geral, que a greve se tornou inevitável. "Esse Governo não nos engana com um documento travestido de negociação. Esse Governo nunca debateu a pauta de reivindicações e nós estamos cansados de compromissos que não são honrados", afir.

A greve tem apoio do Fórum Sindical, União dos Estadual dos Estudantes, Central única dos Trabalhadores, Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e Grêmio Estudantil da Escola Estadual Eucaris de Moraes Poconé.

O primeiro ato público em manifestação será realizado no dia 13 de agosto, na Praça Alencastro, às 15 horas.

 

Outro lado

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que o titular da pasta, Ságuas Moraes, vai se posicionar quando for notificado da greve oficialmente com a pauta de reivindicações debatidas na assembleia da categoria.