Por Soraya Medeiros, repórter do GD
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizam nesta quarta-feira (14), a partir das 14h, uma nova assembleia geral para discutir se continuam ou não com a greve.
A greve da UFMT já dura 139 dias batendo o recorde da última greve da categoria que durou 125 dias em 2012. Cerca de 2,5 mil professores da UFMT estão parados há 4 meses e cerca de 23 mil alunos estão sem aula.
De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), a greve tem motivos que vão muito além da reposição salarial. "Ela representa a luta por melhores condições de trabalho e a resistência a um modelo de universidade limitada aos interesses do mercado, com perfil produtivista".
Os docentes destacaram que o Sindicato Nacional (Andes) não deve aceitar a proposta de reajuste do governo de 10,8% dividida em dois anos, pois a consideram “vergonhosa”.
"A luta da categoria não é somente pelos salários, mas também por melhorias como as obras inacabadas, turmas com disciplinas sem docente, ausência de salas de aula e salas de trabalho para os docentes, de bibliotecas e laboratórios. Não tem como trabalhar nestas condições", alertou.
No entanto, os professores estão avaliando o último comunicado do Comando Nacional de Greve (CNG), onde mostra que eles devem começar a construir uma saída unificada para fortalecer o Sindicato. "Quatro meses depois de várias tentativas de negociação, algumas universidades entendem que as atividades devem ser retomadas, mas a luta deve continuar".