Por Renilson Senhorinho
Como você descarta aquelas pilhas e baterias descarregadas? Se a resposta for "no lixo", você está contribuindo para degradação do meio ambiente. As pilhas e baterias possuem substâncias químicas potencialmente perigosas e trazem riscos para saúde.
O consumo mundial de pilhas e baterias vem crescendo de forma constante. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010 o consumo mundial de pilhas foi em torno de 10 bilhões de unidades. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) indica consumos de 1,2 bilhões de pilhas e 400 milhões de baterias de celular comercializadas todos os anos no Brasil .
Pilhas e baterias são espécies de “lixo” que pode contaminar o solo, a água e o ar, caso não lhes seja dada uma correta disposição final. Alguns tipos de baterias e pilhas têm em sua composição certos metais que, se misturados ao lixo comum, podem poluir a natureza, causando sérios problemas ao meio ambiente e, consequentemente, à saúde da população.
Pensando nisso, os professores Leonilson Calixto De Souza e Cléia Dias Vieira, desenvolvem desde 2011, em sala e extra sala com os alunos do 9º Ano A e 9º Ano B, o “Projeto Baterias de celulares X Problemas sócio ambientais”. Neste ano o projeto teve inicio no mês de maio e finalizou no dia 28 de novembro, com apresentação dos resultados obtidos no auditório da Escola Evilásio Vasconcelos e com sorteio de um aparelho celular na rádio vale FM,cujo a ganhadora foi Lorrayne S. Da Silva com o nº1.701 da Comunidade Barra Clara, Escola Boa Esperança.
Os alunos das referidas séries trabalharam no sentido de conscientizar a população da importância de não jogar as baterias em lugares inadequados para manter uma melhor qualidade de vida a nossa população e do meio ambiente, pois essas baterias soltas no espaço ambiental causam danos imensuráveis a saúde humana. Pois essas baterias são compostas por elementos químicos fortes prejudicando toda a cadeia alimentar ao entrar em contato com o solo a água e os animais. Os compostos dessas baterias são: mercúrio, cádmio, chumbo, lítio níquel, zinco, cobalto e o bióxido de manganês. E esses metais pesados provocam doenças como perda de memória, dor de cabeça, irritabilidade, tremores musculares, lentidão de raciocínio, alucinação, anemia, depressão, insônia, paralisia, salivação, náuseas, vômitos, cólicas, perda do tônus muscular, atrofia e perturbações visuais, e hiperatividade
Distúrbios renais e neurológicos (irritabilidade, timidez e problema de memória), mutações genéticas, e alterações no metabolismo e deficiências nos órgãos sensoriais (tremores, distorções da visão e da audição). Agente cancerígeno, teratogênico e pode causar danos ao sistema nervoso.
Se acumula, principalmente, nos rins, fígado e nos ossos; provoca dores reumáticas, distúrbios metabólicos que levam à osteoporose, disfunção renal e câncer. Por toda essa problemática se torna necessário à conscientização da população.
Segundo o professor Leonilson , “Nossa intenção é conscientizar a comunidade em geral da importância de destinar corretamente as pilhas e baterias inutilizadas”, destacou o professor.
“Podemos dizer que a população entendeu os riscos que esses materiais podem causar, pois nesse período conseguimos recolher 427 celulares, 681 baterias, 281 carregadores, 108 fones e 26 chips, totalizando 1523 itens recolhidos. Esses itens serão encaminhados para empresas de reciclagens situadas na região sudeste”. Afirmou a professora Cléia Dias Vieira.
Mais sobre pilhas e baterias
Pilhas e baterias são classificadas por sua composição química. As do tipo primárias mais consumidas no Brasil são: zinco-carvão, alcalina, lítio, óxido de mercúrio, óxido de prata, zinco-argônio, e as do tipo secundárias são: níquel-cádmio e chumbo-ácido. Além da utilização destes elementos químicos, a estrutura física das pilhas e baterias possui outros compostos como Mercúrio, Chumbo e Cádmio.
A maioria dos elementos químicos presentes na composição de pilhas e baterias são nocivos à saúde humana e ao meio ambiente. Os metais pesados, Mercúrio, Chumbo e Cádmio em doses elevadas são altamente tóxicos, elevando a probabilidade de ocorrer um passivo ambiental. O principal agente causador desse problema é a destinação incorreta. O depósito em locais a céu aberto acelera o processo de oxidação, provocando o vazamento de seus componentes químicos que podem contaminar lençóis d´água superficiais e subterrâneos, os solos e consequentemente os produtores e seus diferentes níveis da cadeia alimentar