Por Claudia Lima
O prefeito de São José dos Quatro Marcos, Ronaldo Floreano, reuniu nesta manha de terça-feira (25), na câmara com todos os 11 vereadores do município. O objetivo do encontro foi apresentar o atual cenário financeiro que o município vive e ouvir as sugestões dos vereadores para vencer a crise.
Ronaldo Floareano afirmou aos vereadores que teve que tomar medidas drásticas como romper contrato com a Coopervale que mantinha cerca de 40 pessoas que prestavam serviços terceirizados a prefeitura. “Tínhamos uma previsão de queda na receita de até 120 mil reais devido ao fechamento do frigorifico, mas a situação fugiu do controle do previsto, pois tivemos um déficit de um milhão e trezentos mil reais nos quatro meses do ano em relação a arrecadação do ano de 2016, e hoje a prefeitura tem dificuldades de cumprir os compromissos básicos”. Frisou.
Segundo ele, os motivos para a queda nas receitas são vários, como a queda no repasse do FPM - Fundo de Participação dos Municípios - que é a distribuição aos municípios das riquezas do país, “então se o bolo é menor, a fatia também é menor para todos os municípios” pontuou.
Ronaldo expos outras situações que contribuem para situação financeira do município, como dividas no valor 672 mil reais deixada pela gestão anterior, “conseguimos pagar apenas 170 mil reais; no acumulado dos 4 meses, hoje temos 580 mil de déficit que não estamos conseguindo pagar. Se pelo menos tivéssemos mantido a arrecadação do ano anterior teríamos hoje mais de 800 mil de saldo liquido nas contas da prefeitura”.
Para agravar ainda mais a situação, o prefeito afirmou que o município está inserido na divida ativa da União com as certidões bloqueadas , que impedem o recebimento de recursos estadual e federal. Segundo ele, essas dividas adquirida nos anos de 2010 a 2014, na qual ex-prefeitos contrataram uma empresa para fazer a compensação do INSS, ou seja em vez de pagarem 100% pagavam 40% e 60% eram compensados. Segundo ele a empresa não conseguiu que a Receita Federal homologasse a compensação; mas mesmo assim a empresa recebeu 20% em cima do suposto 60% , cerca de 6 a 8 mil reais por mês, e agora a Receita Federal está cobrando cerca de quase 4 milhões do município.
Após ouvir os vereadores, o prefeito Ronaldo Floreano finalizou a reunião em tom de alerta que se a situação dos repasses não melhorarem até o dia 30 de abril, será lobrigado a fazer cortes em cargos comissionados e funções gratificada.