Por Por Assessoria
Um reeducando de Mirassol d’Oeste gravou e enviou uma mensagem de agradecimento à juíza da Vara de Execução Penal de Mirassol d’Oeste, Sabrina Galdino, e ao policial penal, Lindomar de Almeida Coutinho Lira, pela oportunidade de trabalho recebida durante o cumprimento de sua pena na Cadeia Pública de Mirassol d’Oeste.
O jovem, que progrediu para o regime semiaberto e hoje trabalha em uma fazenda no município, agradeceu em vídeo aos dois por terem sido fundamentais no processo de ressocialização e mudança de vida, enquanto cumpria pena no regime fechado na unidade prisional.
"Eu era um preso que aprontava muito. O seu Lira sabe. E eu mando esse vídeo como forma de agradecimento pela oportunidade que eles me deram de um dia virar uma pessoa de verdade, porque antes nem eu sei o que era. O seu Lira depositou sua confiança em mim e hoje eu estou aqui, com meu emprego de carteira assinada em uma fazenda.”
O jovem também agradeceu à magistrada e pediu pela continuidade de projetos nas unidades prisionais, para que mais pessoas possam aproveitar outra chance. “Eu queria agradecer à juíza por apoiar esse projeto e essa oportunidade dos reeducandos poderem trabalhar. Isso não pode acabar. Agradeço também a todos que acreditaram em mim. Hoje eu dou valor à minha vida, graças à oportunidade que eu tive lá atrás.”
A juíza da Vara de Execução Penal de Mirassol d’Oeste, Sabrina Galdino, afirma que se sentiu extremamente feliz com o agradecimento. “São vidas retiradas do crime e reinseridas na sociedade, como o depoimento desse rapaz, que nos dão mais força pra continuar com o trabalho. É uma batalha árdua, mas que vale muito a pena. Sempre que a gente tem o resultado positivo, de uma vida que seja, isso vale muito pra nós.”
A magistrada Sabrina Galdino ressalta que é muito importante ter dentro da unidade prisional diversas políticas e atividades para reinserção social. Ela conta que hoje, em parceria com a Prefeitura Municpal, 36 reeducandos são remunerados para trabalharem extramuro todos os dias nas ruas do município. Segundo a juíza, dentro da cadeia pública também há uma fábrica de blocos de concreto (bloquetes) em parceria com a prefeitura, que visa a produção de blocos para asfaltamento da cidade.
“Além dessas parcerias, nós temos uma horta hidropônica bem grande, em que são doados aproximadamente 800 pés de alface para comunidade, como hospitais, lares institucionais de idosos e lares de crianças e também temos outros projetos de artesanato".
A cadeia de Mirassol d’Oeste possui biblioteca para leitura dos reeducandos (e remição da pena pela leitura), salas de aula para formação educacional (e remição pelo ensino) e sala de videoconferência, onde são ministrados cursos à distância. A instituição penitenciária também oferece cursos profissionalizantes presenciais em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).