logo

Reserva do Cabaçal fica isolada após ponte de acesso ser levada pela chuva


Por G1MT

Reserva do Cabaçal fica isolada após ponte de acesso ser levada pela chuva

G1MT

Ponte era a única forma de ir e vir do município de Reserva do Cabaçal.
Moradores reclamam de isolamento e de problemas no abastecimento.

Os habitantes do município de Reserva do Cabaçal, a 412 km de Cuiabá, estão isolados há pelo menos dois dias, após a única ponte que garantia o acesso à cidade ser levada pela chuva. De acordo com os moradores, há estudantes impossibilitados de frequentarem universidades e o abastecimento dos mercados está precário. O município tem cerca de três mil habitantes.

Segundo os moradores, a prefeitura de Reserva do Cabaçal informou que não pode resolver o problema da ponte porque ela está localizada no território do município vizinho, Araputanga, a 371 km de Cuiabá. O G1 não conseguiu contato com as duas prefeituras para comentar o impasse.

A Secretaria estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra) confirmou a queda da ponte e afirmou que está formalizando um convênio emergencial com a prefeitura de Araputanga para iniciar os reparos, mas não deu um prazo para a solução do problema.

Segundo moradores de Reserva do Cabaçal, que pediram para não serem identificados, a ponte verdadeira está quebrada quebrou há aproximadamente um ano. Desde então, eles utilizavam uma estrutura improvisada para poder ir e vir do município. Porém, com as chuvas, a ponte localizada no desvio foi levada pelo rio.

Desde então, segundo uma moradora, o abastecimento dos mercados da cidade estpa sendo feito de forma improvisada. “Os mantimentos atravessam de barco e uma carreta pequena vai lá no rio buscar. Até parece que o mundo esqueceu da gente”, lamentou.

Uma estudante de enfermagem de 19 anos, que estuda em uma faculdade em São José dos Quatro Marcos, a 343 km de Cuiabá, relatou que não tem frequentado a faculdade nos últimos dias por falta de acesso.

“Alguém colocou uma travessia lá no lugar da ponte. Aí, quem tem coragem, passa para o outro lado. Nós estamos dependendo de pessoas que vem de outras cidades para buscar e levar, tem sido complicado”, disse a universitária.