Por Por assessoria
A alta qualidade da carne produzida em território mato-grossense, os investimentos sistemáticos que têm sido feitos pelo Governo do Estado em defesa sanitária e a ampliação do mercado consumidor foram alguns dos temas defendidos pelo governador Pedro Taques e pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Tomczyk, em uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (20.03) no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.
O governador argumentou que as investigações da Operação Carne Fraca devem prosseguir, mas que a generalização é prejudicial ao setor e que frigoríficos do Estado não têm relação com as suspeitas de fraudes verificadas pela Polícia Federal.
“Tudo deve ser investigado até o fim. Agora, é importante lembrar que são 0,3% dos frigoríficos do Brasil, nenhuma planta em Mato Grosso. Ninguém está acima da lei, mas não podemos generalizar porque os nossos produtos têm conquistado mercados internacionais em razão da qualidade deles”, disse o governador, lembrando que o Estado é o maior produtor de gado bovino do país.
Também participaram da coletiva o vice-governador Carlos Fávaro, o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Guilherme Nolasco, o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Wagner Bachi, e Luciano Vaccari, da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
Mais investimentos
A intenção do Governo do Estado é alcançar novos mercados e investir ainda mais em fiscalização. Tanto que fará ‘road show’ em Brasília, São Paulo e Estado Unidos para demonstrar a qualidade da carne mato-grossense. “Antes desta crise, Mato Grosso já vem tomando medidas significativas no sentido de fazer com que a carne do nosso estado tenha padrões de qualidade internacional em razão da certificação, rastreabilidade e defesa sanitária”, defendeu o governador.
Taques citou como exemplo do empenho de Mato Grosso em apostar na defesa sanitária para atrair novos mercados consumidores a aprovação pela Assembleia Legislativa, em dezembro, da legislação de defesa sanitária. O governador ressaltou ainda a criação do Imac e que só outros cinco países possuem um instituto semelhante - Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Uruguai e Argentina. “Em 2015 fiz uma visita ao Uruguai. Em 2016 tratamos da constituição jurídica do Imac, que já tem dinheiro em conta. Fazem parte do Instituto o Estado de Mato Grosso, os produtores e a indústria frigorífica. Juntos buscam encontrar o local mais adequado para que possamos exportar nossa carne sempre priorizando a qualidade”.
Outro ponto de destaque para o governador é que antes da crise o Estado buscou o fortalecimento do Indea, até mesmo em relação à questão orçamentária, melhorando a defesa para que os produtos mato-grossenses pudessem receber certificação. “Exemplo disso é que Mato Grosso foi premiado na Europa como Estado livre da peste suína clássica. Recebemos o prêmio em Paris”, lembra.
Para reforçar a fiscalização, nesta terça-feira (21.03) haverá uma entrega de veículos ao Indea em Lucas do Rio Verde num processo de fortalecimento da defesa animal. “Até julho deste ano, fechamos uma entrega de 110 carros novos para o Indea, para a fiscalização. Isto representa 42% de renovação da nossa frota em dois anos e meio de trabalho. Fora 300 GPSs que já foram entregues, computadores, entre outros investimentos”, observou Nolasco.
Sobre o anúncio de suspensão da compra de carne por países estrangeiros, Taques demonstrou tranquilidade ao responder que o Ministério das Relações Exteriores e o Itamaraty estão tomando todas as medidas necessárias. “Nesta terça-feira (21.03) tenho audiência com o presidente Michel Temer. Vamos conversar e, inclusive, vou levar carne de Mato Grosso de presente para ele. Depois vou me encontrar com o ministro Blairo Maggi (Mapa) em Lucas do Rio Verde e trataremos do assunto”.