Taques diz que condução coercitiva de Lula cria um marco na história política do país

O governador Pedro Taques (PSDB) considera que a condução coercitiva do ex-presidente Lula da Silva (PT) para prestar esclarecimentos, ocorrida na manhã desta sexta (4) na deflagração da 24ª fase da Operação Lava Jato, cria um marco na história política do país e mostra que nenhuma pessoa está acima da lei. A declaração foi feita em coletiva à imprensa, durante o Fórum dos Governadores do Brasil Central, que ocorre em Goiânia, do qual o tucano participa.

Taques acredita que a Lava Jato trará mais transparência às ações do governo federal e mostrará para a população que, independentemente do cargo, todos estão sob a luz da Justiça. “A lei não serve para beneficiar os amigos e nem prejudicar os inimigos. Nós todos somos iguais, quem cometeu algo ilícito tem que ser responsabilizado”, afirmou.

O governador rechaçou a possibilidade de golpe e afirmou que a operação é fruto do bom funcionamento da democracia brasileira. “As instituições estão funcionando e isso é muito importante. O Ministério Público, a Polícia Federal, a Justiça Federal, o Congresso precisam fazer a sua parte, isso é fato”. Nesta linha, Taques reforça que quem falar em golpe ou perseguição está “redondamente enganado”.

Questionado sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o tucano destacou a importância da medida e afirmou que o tema precisa ser debatido no Fórum. “Esta pauta é muito importante, eu entendo que o impeachment não seja golpe, é construção constitucional”.

Lava Jato

A 24ª fase da Operação Lava foi deflagrada na residência de Lula, em São Bernardo do Campo, e em outras cidades de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia. O ex-presidente foi levado coercitivamente para depor no aeroporto de Congonhas. Nesta quinta (3), trechos de uma possível delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral (PT-MT) foram divulgados pela revista Isto É.

Após o vazamento das informações, Dilma convocou os governadores do país para uma reunião extraordinária nesta sexta (4), no Palácio do Planalto. (Com Assessoria)