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TRE cassa mandato de deputado de MT por caixa 2 e abuso de poder econômico nas eleições de 2018


Por G1MT

TRE cassa mandato de deputado de MT por caixa 2 e abuso de poder econômico nas eleições de 2018

Foto: Reprodução

Por unanimidade, os juízes membros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiram manter a cassação do mandato do deputado estadual Carlos Avalone (PSDB) em sessão virtual realizada na manhã desta segunda-feira (26). Ele deve permanecer no cargo até o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por meio de assessoria, Carlos Avalone afirmou que irá provar sua inocência nas instâncias superiores. "Já provou no TRE-MT que não houve tentativa de compra de votos, e vai provar no Tribunal Superior Eleitoral que não houve caixa 2 em sua campanha".

Avalone foi julgado pela prática de caixa dois e abuso de poder econômico nas eleições de 2018 no estado.

O julgamento tem como base a apreensão, pela Polícia Rodoviária Federal, de R$ 89 mil dentro de um carro que estava cheio de adesivos do então candidato, nas eleições de 2018.

Motorista e passageiro foram presos com quase R$ 90 mil em porta-malas de carro na BR-070 em Poconé — Foto: Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso

Em dezembro do ano passado, o parlamentar teve o mandato cassado, mas recorreu da decisão.

“O veículo adesivado, com valores em dinheiro, santinhos, os depoimentos dos policiais. Não há outra constatação de que aquele valor teve origem no escritório do representado [Avalone] e que estava sendo conduzido para finalidades políticas e estaria sendo destinada para compra de votos”, disse o presidente do TRE, desembargador Gilberto Giraldelli.

O carro citado pelo presidente do TRE era conduzido por um membro do grupo de Avalone. À época, foram apreendidos R$ 89 mil escondidos no porta-malas de um carro abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Poconé, a 104 km de Cuiabá.

Engenheiro civil, Avalone era suplente e havia assumido a vaga do ex-deputado Guilherme Maluf (PSDB), que também foi empossado como conselheiro do Tribunal de Contas Estadual (TCE), em março de 2019.