Por Da redação Quatro Marcos Notícias
Na quinta-feira, 13 de julho de 2023, o canal Na Mira do Cleitson trouxe uma notícia que abalou o meio político. Segundo o repórter Cleitson Gonçalves, dois vereadores do município de Mirassol d’Oeste foram intimados a prestar depoimento à Polícia Civil em relação ao caso de suposta compra de gabaritos do último concurso público realizado em Mirassol d'Oeste.
A informação surgiu após uma investigação conduzida pela Polícia Civil. No entanto, o caso encontra-se em segredo de Justiça, o que limita a divulgação de detalhes adicionais no momento.
É esperado que nos próximos dias a Justiça revele mais informações sobre o caso, tornando públicos os nomes dos vereadores. A gravidade das situação e o possível envolvimento de representantes políticos tornam o assunto ainda mais sensível, despertando a atenção da população e da imprensa.
As questões sobre corrupção e irregularidades em concursos públicos são de extrema importância para garantir a transparência e a justiça no acesso aos cargos públicas.
Acompanharemos de perto o acompanhamento desse caso e traremos mais informações assim que forem disponibilizadas pela Justiça e pelas autoridades policiais.
Entenda o caso
Em 2020, a Prefeitura de Mirassol d’Oeste lançou um concurso público para cargos nos níveis fundamental, médio, técnico e superior. A vencedora para administrar o certame público foi a empresa Método Soluções Educacionais, com sede em Cuiabá, que realiza concursos para diversos órgãos públicos no estado.
No entanto, diante da pandemia da Covid-19, o concurso foi suspenso e retomado somente em 2021.
As provas para os cargos de níveis fundamental, técnico e médio foram aplicadas conforme o calendário estabelecido. Já as provas de nível superior foram remarcadas para 27 de fevereiro de 2022. O resultado final do concurso foi publicado no dia 4 de maio daquele ano e o certame homologado no dia 11 do mesmo mês.
Conforme as investigações, no dia 21 de janeiro de 2022, antes mesmo da aplicação das provas, o operador do esquema já tinha a relação com os nomes de 35 aprovados.
A Polícia Civil ainda identificou vários pagamentos pela compra de vagas por parte das pessoas que constavam na lista encontrada com o operador do esquema. O valor cobrado pelos responsáveis pelo esquema fraudulento foi de 10 vezes o salário do cargo. Por exemplo, o salário inicial para o cargo de agente administrativo é de R$ 2.702,31 e a pessoa que supostamente ficaria com a vaga pagou R$ 27 mil à quadrilha.
Os salários mais altos, conforme o edital, eram para os cargos de auditor público interno, no valor de R$ 7.038,25 e de médico em várias áreas de especializações, no valor de R$ 18.728,15.