logo

Em semana positiva, economia anima mercado financeiro


Em semana positiva, economia anima mercado financeiro

Analistas financeiros repercutem de forma positiva as notícias econômicas divulgadas nos últimos dias

 

Na sequência dos bons resultados da economia, o Brasil encerra a semana com o mercado financeiro tranquilizado. Isso graças à expectativa dos investidores de que a economia brasileira vai continuar seu processo de retomada, em meio à queda nos preços e nos juros, e diante do otimismo com a agenda de reformas econômicas propostas pelo governo federal.

Analista do banco Haitong, o economista Flávio Serrano apontou que o efeito desse cenário contribuiu para reduzir o risco do País. “Esse cenário acaba ajudando com a percepção de risco, e a gente teve isso”, afirmou. Ele citou, também, a aprovação da modernização trabalhista como um dos destaques na pauta econômica.

Para o economista, é importante que as reformas econômicas avancem para que seja possível manter atual trajetória positiva da economia. "Isso vai ser um ponto importante para a manutenção da percepção de risco menor nos próximos meses", pontuou.

Risco País

Tanto o anúncio do aumento da tributação sobre combustíveis quanto a expectativa de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, foram fatores que influenciaram a redução do Risco País nesta semana.

Isso porque quanto menos risco financeiro houver no País, mais seguro será para que o investidor aposte no Brasil.

Além disso, mudança de rumos na economia, implementada pelo governo federal, gerou resultados efetivos e injetou ânimo nos agentes econômicos, principalmente em relação à queda da inflação, hoje dentro dos parâmetros perseguidos pelo Banco Central, e de cortes na taxa básica de juros, a Selic.

“Na verdade, uma parte do desempenho da economia, dessa melhora, tem sido justamente pela perspectiva de uma queda da taxa de juros justamente porque tem uma queda nos índices de preços [inflação]”, explicou o economista-chefe da agência de risco Austin Rating, Alex Agositni.

Diante dessas perspectivas,, o dólar encerrou a quinta-feira (20) cotado a R$ 3,12, menor patamar para a moeda norte-americana desde maio. Isso é resultado de maior confiança do investidor, que injeta mais dinheiro no País e derruba a cotação da moeda.

Meta fiscal

Outro fato que animou o mercado financeiro foi o aumento das alíquotas do PIS/Cofins sobre a gasolina. Apesar da alta, economistas entenderam a medida como um compromisso do governo federal de que a meta de déficit primário (despesas maiores que receitas) de R$ 139 bilhões neste ano será cumprida.

Essa valor é uma economia que o País faz para pagar os juros da dívida pública, ou seja, para pagar empréstimos que ajudam a financiar a União. É importante para manter a credibilidade da economia frente aos investidores e também evitar o endividamento excessivo do País.

“Os agentes econômicos, principalmente os investidores, acabam entendendo [a medida] de uma forma positiva porque toca em um fator importante que é a sustentabilidade fiscal”, comentou Agostini.

Ver resultado

Qual o seu nível de satisfação com essa página ?